Páginas

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010


Só por hoje vou esqueçer as dores do mundo e falar um pouco sobre minhas dores, dores escondidas que agora vou partilhar com você.
Ontem eu estava por ai vagando na internet quando encontrei uma música que a muito tempo não ouvia, trata-se da música (Uma onda que passou - Tribo de Jah), a letra dessa música veio de encontro, e até complementar o momento em que vivo, pois em sintese a música fala de um amor que acabou ou de alguma maneira não terminou bem.
Não gosto muito de ouvir esses Reggae romântico, porém esse me fez lembra uma pessoa Luciana Laurindo, uma pessoa maravilhosa que eu conhecia pela internet, já trocamos algumas mensagens virtuais a muito tempo, já fizemos planos, ja tivemos idéias e por um acaso do acaso acabamos por desfazer tudo isso.
As pessoas do Chat Federal provavelmente irão entender o motivo desse "post", na verdade a finalidade dele é falar para você Luciana que gosto muito de você e lamento esse nosso "afastamento" repentino, de forma alguma arrependo de minhas decisões, porém só não gostaria que acabassem por tomar esse caminho.

Para quem tiver curiosidade está logo abaixo a letra da música que foi um dos motivos desse "post"

Uma onda que passou
Tribo de Jah

Eu não pratico bruxaria, não tenho bola de cristal
Nem toda grana me faria trocar o bem pelo mal
Se eu soubesse eu previa,a fria, da sua aparição
Só assim eu não teria entrado nesse turbilhão

Foi uma fria que rolou, agora eu sei
Uma onda que passou e eu não dropei
Amor foi só o que eu quiiis
O mais puro e sublime o amor

Amor não é delírio, fogo de uma fulgás paixão
O pesadelo e o medo de uma desilusão
Eu quis dizer,quis, quis te dizer,quis
Botar pra fora
Mas na hora eu me calei

Foi um delírio que rolou, agora eu sei
Uma onda que passou e eu não dropei
Amor foi só o que eu quiiis
O mais puro e sublime amor

Tudo que eu posso dizer, tentei falar
Tudo que agora eu sei, como explicar
Você ainda vai saber e vai sofrer
Quando seu tempo chegar

Eu não pratico bruxaria, não tenho bola de cristal
Nem toda grana me faria trocar o bem pelo mal
Se eu soubesse eu previa, fria, da sua aparição
Só assim eu não teria entrado nesse turbilhão

Foi uma fria que rolou, agora eu sei
Uma onda que passou e eu não dropei
Amor foi só o que eu quiiis
O mais puro e sublime o amor
Foi um delírio que rolou, agora eu sei
Uma onda que passou e eu não dropei
Amor foi só o que eu quiiis
O mais puro e sublime amor

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A viola e o violeiro


Renato Teixeira de Oliveira (Santos, 20 de maio de 1945) é um compositor e cantor brasileiro.

É autor de conhecidas canções, como Romaria (grande sucesso na gravação de Elis Regina), Tocando em frente (em parceria com Almir Sater, gravada também por Maria Bethânia), Dadá Maria (em dueto com Gal Costa ) e Frete (tema de abertura do seriado Carga pesada , da Rede Globo , além de Amanheceu, entre outros.

Em 1990, apresentou o programa Tom Brasileiro na Rede Record, onde além de cantar, apresentava artistas que valorizavam a música nacional.

Recentemente, Renato Teixeira compôs a música Rapaz caipira, como crítica à atual música sertaneja de consumo, fazendo renascer a expressão música caipira. É um defensor aberto da música de raiz, caipira , que ainda sobrevive apesar dos desvios da música sertaneja.

Para contar sua história com riqueza de detalhes, nada melhor que o própio Renato Teixeira.

"Confesso que não é nada fácil ter que contar minha história, desde que nasci. Viver é uma coisa tão normal que não vejo diferença nenhuma entre a vida de um artista, com a de qualquer pessoa. Num determinado momento, entretanto, porque atuamos na área de comunicações, as coisas que fazemos ganham notoriedade e a curiosidade aumenta. Então a gente conta alguma coisa.

Muitos estranham o fato da minha música ter origens caipiras e eu ser caiçara, nascido em Santos. Vejo isso como uma questão puramente familiar; são fatos circunstanciais, apenas. Passei a infância em Ubatuba e a adolescência no interior do Estado. Meu pai melhorou de emprego com essa mudança; eu e meu irmão já estávamos em idade escolar; Taubaté, naquele momento, era mais conveniente. Mudamos para lá. E foi muito bom!

A música, em Ubatuba, já fazia parte do meu dia-a-dia. Das atividades familiares a que mais me interessava era a música; todos tocavam e alguns eram, verdadeiramente, músicos.

Eu poderia ter sido fogueteiro como meu avô Jango Teixeira, que tocava bombardine na banda. Poderia ter sido professor como meu avô paterno, Theodorico de Oliveira, que tem uma linda história intelectual com a poesia e a literatura. Mas a música não me deixou espaços.

Quis ser arquiteto; descobri que foi por causa de um verso de Manuel Bandeira, pregado na parede de atelier do Romeu Simi. Passou a arquitetura, ficou o verso.

Vim para São Paulo no final dos anos sessenta, por indicação de Luiz Consorte que colocou uma fita com minhas músicas nas mãos de seu tio, Renato Consorte que a enviou para os ouvidos do Walter Silva. Dei sorte! O Walter era um grande promotor de novos artistas e um homem muito conhecido nos meios de comunicação. As portas se abriram e, logo, eu estava no Festival da Record de 67. Minha música era Dadá Maria e foi defendida pela Gal Costa, também em começo de carreira, e pelo Silvio César. Mais, no disco do festival, quem canta com Gal sou eu. Foi minha primeira gravação.

Participei daquela fatia da história da MPB como um espectador privilegiado. O que vi e o que fiz nessa época, não cabe no release. Uma hora eu conto.

Sempre procurei conhecer a nossa história musical, ouvir todas as canções e todos os gêneros. Do samba à música caipira. Em tudo que ouvi sempre me deparei com o talento e a vocação dos compositores brasileiros.

A geração musical que frutificou da Bossa Nova, nos anos sessenta era chocante. Uma linda síntese de tudo que aconteceu de essencial na música brasileira até então. Foi uma festa.

Ouvi a Banda do Chico em São José dos Campos, antes do festival e foi um impacto inesquecível. Ainda morava em Taubaté.

Ouvi Milton Nascimento antes do sucesso, e era deslumbrante. Todos que o conheceram nessa época, já tinham por ele uma admiração que só os grandes mitos podem desfrutar. Víamos e ouvíamos Elis, todos os dias.

Assisti bem de perto o surgimento do Tropicalismo, uma espécie de preparação mental para a chegada do terceiro milênio.

Virada dos anos sessenta para os setenta...a música silenciou.

Fui fazer jingles publicitários para sobreviver. Acontece que gostei muito do assunto. Pequenas canções anunciando produtos. Enquanto atuei nessa área consegui realizar um bom trabalho, pois criei jingles que fizeram muito sucesso como aqueles do Ortopé, do Rodabaleiro e do Drops Kids Hortelã, que muita gente lembra até hoje.

Nesse tempo já havia me identificado totalmente com a música caipira. Participei efetivamente da Coleção Música Popular Centro Oeste/Sudeste do Marcos Pereira onde gravei algumas canções; entre elas Moreninha Se Eu Te Pedisse.

Com meus lucros publicitários e em parceria com Sérgio Mineiro, criei o Grupo Água, que nós dois bancávamos. Tocávamos sem visar lucros. Foi com esse grupo que consegui assimilar o espírito da música da cultura caipira e projetá-la de uma forma contemporânea para todo o Brasil.

Tocamos muitos anos juntos até que, um dia, a Elis gravou Romaria e convidou o grupo para acompanhá-la na gravação. Foi um grande sucesso que mudou minha carreira e criou um grande espaço para que a música do interior paulista invadisse o mercado.

Hoje vivemos um processo seletivo e a tendência é que, cada vez mais, as pessoas entendam o que Elis quis dizer, quando gravou Romaria.

A parceria com Almir Sater é um grande momento na minha história. Juntos conseguimos alguns sucessos que são fundamentais para a sustentação das nossas carreiras. As mais conhecidas são Um Violeiro Toca e Tocando Em Frente. Almir foi o primeiro artista que entendeu o que Elis quis dizer, e fez uma revolução mágica com a viola caipira. Almir transcende a qualquer violeiro que já existiu.

Outra parceria importante foi com a dupla Pena Branca e Xavantinho. Nosso encontro foi em Aparecida do Norte no início dos anos oitenta e, juntos, gravamos o disco Ao Vivo em Tatuí, que se transformou num marco no gênero. Aprendi muito com esses dois companheiros, verdadeiros representantes da cultura caipira. A morte de Xavantinho foi prematura. Sua partida impediu que pudéssemos usufruir mais da voz deste que, na minha opinião, foi um dos maiores cantores brasileiros de todos os tempos.

Meu projeto de vida é dar continuidade ao meu sonho de divulgar e difundir cada vez mais o espírito do caipirismo valeparaibano; não pela repetição das velhas formas e sim pelo potencial que esse Universo cultural oferece para que, como sempre, a música brasileira avance em direção ao futuro, coerente com a evolução, naturalmente moderna."

Renato Teixeira

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Quem é ele?


Primeiro "post" nesse blog, não vou falar de mim acredito ter coisas melhor para falar. Nas minhas andanças por alguns sites acabei por constatar algo interessante, o brasileiro não conheçe o músico brasileiro, poderia aqui falar de politica, segurança e etc, mas vamos falar um pouco de música.
Você sabe quem é o músico João Bosco de Freitas Mucci?
Alguns devem saber, mas outros irão falar : EU SEI SIM! É AQUELE DA DUPLA JOÃO BOSCO E VINÍCIUS...
Não é aquele da dupla sertaneja, esse músico que me refiro trata-se de João Bosco de Freitas Mucci, mais conhecido como João Bosco, é um Cantor, violinista e compositor brasileiro.

João bosco vida e obra

Começou a tocar violão aos doze anos, incentivado por uma família repleta de músicos. Alguns anos depois, iniciou a faculdade de metalurgica em Ouro Preto . Apesar de não deixar de lado os estudos, dedicava-se sobremaneira à carreira musical, influenciado principalmente por gêneros como jazz e bossa nova e pelo tropicalismo.

A primeira gravação saiu no disco de bolso do jornal O Pasquin:Angus Dei (1972). No ano seguinte selou contrato com a gravadora RCA, lançando o primeiro disco, que levava apenas seu nome. Em 1967 conheceu Vinicius de Moraes , com o qual compôs as seguintes canções: rosa-dos-ventos, Samba do Pouso e O mergulhador - dentre outras.

Em 1970 conheceu aquele que viria a ser o mais freqüente parceiro, com quem compôs mais de uma centena de canções: Aldir Blanc , O mestre sala dos mares, O bêbado e a equilibrista, Bala com bala, Kid cavaquinho, Caça à raposa, Falso brilhante, O rancho da goiabada, De frente pro crime, Fantasia, Bodas de prata, Latin Lover, O ronco da cuíca, Corsário, dentre muitas outras.

Em 1972 conheceu Elis Regina , que gravou uma parceria sua com Blanc: Bala com Bala; a carreira deslanchou quando da interpretação da cantora para o bolero: Dois pra lá, dois pra cá.João Bosco é um dos mais rebuscados violonistas da MPB com arranjos complexos e execuções magistrais.


Já conheçe, então não esqueçe

Portanto, usei esse espaço para divulgar a cultura e um excelente músico que é o João Bosco, esse se tratando do Primeiro "post" peço desculpas a todos pela falta de criatividade, pelo assunto que alguns podem considerar chato e sem fundamento, mas é isso ai...